SOGESP marca presença na 9ª Semana Paulista de Mobilização contra a Sífilis e a Sífilis Congênita
- Monica Kulcsar
- 9 de nov. de 2024
- 3 min de leitura

De acordo com o Boletim Epidemiológico Sífilis 2023, do Ministério da Saúde, entre 2012 e 2022 foram notificados, no Brasil, mais de 1,2 milhão de casos de sífilis adquirida, quase 540 mil casos de sífilis em gestantes, 238 mil casos de sífilis congênita e 2.153 óbitos
O Programa Estadual de IST/Aids-SP realizará, nos dias 12 e 13 de novembro de 2024, a 9ª Semana Paulista de Mobilização contra a Sífilis e Sífilis Congênita e a 1ª Semana Paulista de Mobilização contra a Transmissão Vertical do HTLV.
O principal objetivo dos eventos será discutir prevenção e controle de doenças transmitidas de mãe para filho, por meio de debates sobre os desafios no enfrentamento da sífilis congênita, que ainda persiste como um grave problema de saúde pública no estado de São Paulo, além de abordar a transmissão vertical do HTLV, recentemente incorporada como uma das metas de eliminação no país.
No evento, também será celebrada a 6ª edição do Prêmio Luiza Matida, homenageando mais de 250 municípios paulistas que alcançaram metas de redução ou eliminação da transmissão vertical do HIV e/ou sífilis.
A SOGESP – Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, representada pela Profa Dra. Evelyn Trainá, da subcomissão de doenças infecciosas na gravidez da Sogesp, integra a programação científica do evento, participando da Mesa de Debates: “Os diversos atores no enfrentamento da sífilis e da sífilis congênita”, que será realizada em 12 de novembro, com a palestra O papel da Associação de Ginecologia e Obstetrícia de São Paulo – SOGESP.
A mesa, coordenada pela Dra. Carmen Silvia Bruniera Domingues, médica pediatra e coordenadora das Ações para Eliminação da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis no Programa Estadual de DST e AIDS de São Paulo, contará também com a participação de representantes da Sociedade de Pediatria de São Paulo – SPSP, Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo – Coren, da Saúde Suplementar e do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas, representando a sociedade civil.
PROGRAMAÇÃO
10h20 as 12h30 - Mesa de debates: “Os diversos atores no enfrentamento da sífilis e da sífilis congênita” Coordenação da mesa: Dra. Carmen Silvia Bruniera Domingues 10h20 – 10h40 – O papel da Associação de Ginecologia e Obstetrícia de São Paulo – SOGESP 10h40 – 11h00 - O papel da Sociedade de Pediatria de São Paulo - SPSP 11h00 – 11h20 – O papel do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo - Coren 11h20 – 11h40 - Papel da Saúde Suplementar - experiência de uma maternidade na cidade de São Paulo11h40 – 12h00 – Papel da Sociedade Civil – Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas 12h00 – 12h30 – Debate
Sífilis e Sífilis Congênita
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) prevenível, causada pela bactéria Treponema pallidum. Sem diagnóstico precoce e tratamento adequado, pode levar a complicações graves, afetando diversos sistemas do corpo. A doença se manifesta em diferentes estágios, cada um com seus próprios sintomas.
A doença pode ser transmitida da mãe para o feto, durante a gravidez e o parto. Nestes casos, temos a chamada sífilis congênita, uma condição que pode causar sérios problemas de saúde para o bebê, incluindo problemas neurológicos, como meningite, hidrocefalia e microcefalia; problemas ósseos, como deformidades nos ossos longos; problemas oculares, como cegueira e problemas hepáticos, como hepatite. Nos casos mais graves, pode levar à morte.
A prevenção da doença pode ser realizada por meio do uso de preservativo nas relações sexuais, bem como com a realização periódica de exames de detecção. O exame deve fazer parte obrigatória do pré-natal e ser realizado assim que a gravidez é confirmada, para que o tratamento seja iniciado o mais breve possível. O exame também deve ser repetido ao longo da gravidez, no pré-natal.
O tratamento é realizado por meio de penicilina, o único medicamento eficaz para eliminar a bactéria.
Comments